Comércio de artigos religiosos tem alta de 20% e imagens de santas estão em falta nas lojas

     A fé move montanhas e movimenta a economia. Na contramão do marasmo das vendas do comércio em geral, imagens de santos, publicações e artigos religiosos, além de viagens de peregrinação, despontaram em 2017, considerado o Ano Nacional Mariano pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O intuito da entidade é fortalecer a devoção dos católicos por Maria, Mãe de Deus, no período das comemorações dos 300 anos da descoberta da imagem da padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida, nas águas do Rio Paraíba do Sul. A data também coincide com a celebração dos 100 anos das aparições de Nossa Senhora de Fátima, junto com a padroeira, uma das invocações de Maria mais queridas pelos brasileiros.

 

      De acordo com o Santuário, no primeiro semestre deste ano houve um aumento de 500 mil peregrinos em relação ao mesmo período do ano passado. Todos os anos, são recebidos cerca de 12 milhões de fiéis no maior santuário no mundo dedicado a Maria. A maior expectativa gira em torno das vendas de outubro, em especial o dia 12, que coroa as homenagens à padroeira do Brasil. Desde 1º de outubro, haverá programação que inclui novena, missas, além de shows de artistas consagrados, como o cantor sertanejo Daniel e o padre Fábio de Melo.

 

   Na tradicional editora e livraria Paulus, que comercializa títulos católicos no Edifício Arcângelo Maletta, no Centro de Belo Horizonte, a venda de imagens sacras cresceu cerca de 20% neste ano, impulsionada pela maior procura pela Nossa Senhora. A padroeira do Brasil é a campeã na preferência dos consumidores, garantindo 80% das vendas de esculturas, seguida pela de Nossa Senhora de Fátima. A loja tem se desdobrado para repor os produtos na velocidade ditada pelos clientes. Nem todos os tamanhos de imagens, oferecidas a preços que variam de R$ 20 a R$ 494, estão disponíveis e o terço de Maria também está em falta.